16.12.08

Esquisitices #1

Okay, coisas que ele faz que acho que só a gente entende...

Do tipo "Laura Dern é meu mero objeto de cena, pasmem":




Ou do tipo "yes, eu corto o cabelo com frequência...":



Ou ainda do tipo que NINGUÉM entende:



Sabe o que é pior? Quanto mais eu vejo, mais eu gosto...

29.11.08

Pretty as a Picture: The Art of David Lynch

"Pretty as a Picture: The Art of David Lynch" é um documentário de 1997, dirigido por Toby Keeler, sobre praticamente todos os aspectos da arte lynchiana. Entrevistas com Bill Pullman, Jack Nance, Angelo Badalamenti, Jessica Chambers Lynch (a filha do homem), Jay Leno, Mel Brooks e mais um monte de gente legal. O documentário foi filmado praticamente todo durante as filmagens de "Lost Highway", então muitos dos atores deram depoimentos dobre a interação no trabalho com Lynch, sobre a visão que eles têm dele... Enfim, é bastante relevante para os super-fãs (like me, hahaha) e para quem quer conhecê-lo melhor. Vale a pena.

24.11.08

Curtas - Analisando #1

Pois bem, se é pra analisar os curtas de David Lynch, devemos começar do começo: Six Men Getting Sick (Six Times), de 1966, é a primeira exploração de Lynch dentro do mundo do cinema, feito durante seu segundo ano de estudo na Pennsylvania Academy of Fine Arts, na Philadelphia. O próprio Lynch descreve-o como "57 segundos de crescimento e fogo, e 3 segundos de vômito". A transição para o filme foi feita a partir do desejo dele de fazer suas pinturas se moverem. "Eu estava pintando pinturas muito negras. E eu vi uma pequena parte da pintura se mover, e eu vi um vento. E eu realmente queria que essas coisas se movessem e tivessem um som junto delas. Então eu comecei a fazer uma animação, como se fossem as tais pinturas se movendo. E é isso...".
O projeto inteiro custou US$ 200,00, o que era muito para Lynch na época. Six Men Getting Sick (Six Times) foi mostrado numa exibição da P.A.F.A. em 1966, a cada dez minutos a luz do ambiente apagava e era possível ver o filme. Ganhou o primeiro lugar no Prêmio Anual Memorial Dr. Wiliam S. Biddle Cadwalader. Um dos juízes do painel competitivo era H. Barton Wasserman, que patrocinaria seu próximo projeto, "The Alphabet".

18.11.08

Espanto

Pois bem, fuçando a internet atrás de notícias, releases e cositas legais pra pôr aqui e me deparo com umas certas listas da AFI. Dentre elas, uma lista em especial me chamou a atenção:

Mistério:

1. Um Corpo que Cai (Vertigo, 1958, Alfred Hitchcock)
2. Chinatown (Chinatown, 1974, Roman Polanski)
3. Janela Indiscreta (Rear Window, 1954, Alfred Hitchcock)
4. Laura (Laura, 1944, Otto Preminger)
5. O Terceiro Homem (The Third Man, 1950, Carol Reed)
6. Relíquia Macabra (The Maltese Falcon, 1941, John Huston)
7. Intriga Internacional (North by Northwest, 1959, Alfred Hitchcock)
8. Veludo Azul (Blue Velvet, 1986, David Lynch)
9. Disque “M” Para Matar (Dial M for Murder, 1954, Alfred Hitchcock)
10. Os Suspeitos (The Usual Suspects, 1995, Bryan Singer)

Olha ali! Que bonito! Sim, Veludo Azul é considerado pela AFI o oitavo melhor filme de mistério de todos os tempos! AFI pra quem não sabe é o American Film Institute, relativamente MUITO influente no meio e que todo ano organiza listinhas para os aficcionados. A AFI ainda tem um conservatório de cinema, um dos mais antigos, na ativa desde 1969 (ano em que a profissão de cineasta foi institucionalizada), e adivinha quem estudou lá? É claro, David Keith Lynch.

12.11.08

David Lynch - Comerciais Parte 1

Ok, o comercial nada tem a ver com o produto, e nada tem a ver com cigarros em geral. E ainda por cima é ao contrário! Bravo!



Ok, PS2:



Usando o Benicio del Toro pra vender perfumes...



E o fim da picada, um comercial de teste de gravidez!

7.11.08

ERRATA E ADENDO

Corrigindo-me: o nome do documentário realizado por David Lynch em 2002 sobre Jack Nance é I don`t know Jack.

E adiciono ao post o link do trailer do documentário no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=2uywtfbDwmg

Christian Louboutin + David Lynch : Fetish







Christian Louboutin, um dos designers de sapatos mais fetichistas da atualidade, ao criar sua nova coleção recrutou simplesmente David Lynch para fazer as fotografias, por considerá-lo um fetichista. Resultado: belíssimas fotos completamente misoginistas, simplesmente indutoras ao fetichismo. Aí em cima podemos conferir algumas das mais belas.

6.11.08

Parcerias de Lynch - Jack Nance


Conhecido pelo papel principal em Eraserhead (1977), primeiro e aclamado longa de David Lynch, Jack Nance travou uma parceria com ele que duraria de 1977 até 1996, ano de sua morte. O ator, escritor e músico nasceu Marvin John Nance, em Boston, no ano de 1943, mas foi criado em Dallas. Viajou pelo país com uma trupe de teatro durante sua infância e adolescência, até que conheceu David Lynch em meados de 1970, enquanto se apresentava em um teatro na Philadelphia, e Lynch resolveu dar-lhe o papel principal do longa que inicialmente demoraria apenas seis semanas para ser feito, mas que acabou tomando cinco anos até a completidão. Jack Nance trabalhou, além de em Eraserhead, nos seguintes trabalhos de Lynch: Dune, como o Cap. Iakin Nefud (um Harkonnen), Blue Velvet, como Paul (um dos "amigos" do personagem de Dennis Hopper), Wild at heart, como Boozie Spool, Twin Peaks, como Pete Martell, Twin Peaks - Fire walk with me (suas cenas foram deletadas), também como Pete Martell, no curta The Cowboy and the Frenchman, como Pete (um dos caubóis), e em Lost Highway, como Phil (um mecânico), que foi seu último papel no cinema. Na época em que conheceu Lynch, Nance era casado com a atriz Catherine E. Colson, a Log Lady de Twin Peaks, mas eles se divorciaram em 1976.
Nance foi casado depois com uma atriz pornô conhecida no meio como Nancee Kellee, mas cujo nome verdadero era Kelly Jean van Dyke (sim, a tal era filha de Jerry Van Dyke, comediante do The Dick van Dyke Show, lendário sitcom da CBS em meados dos anos 60). Ela se suicidou enforcada em 1991, em uma circunstância MUITO trágica. Nance estava em Yosemite gravando o filme Meatballs 4, e tentava consolá-la pelo telefone depois de ela já haver tentado se suicidar uma vez. Aparentemente uma tempestade elétrica apagou os telefones do Oregon, e nesse meio tempo, enquanto Nance procurava um telefone que funcionasse, ela se enforcou, e foi encontrada morta por ele e pelo xerife local na casa do casal.
O próprio Jack Nance morreu em circunstâncias duvidosas, no dia seguinte à uma briga com dois latinos no estacionamento de uma loja de rosquinhas em South Pasadena, California. Na madrugada do dia 29 Nance havia se embebedado, e ao sair da tal loja ele gritou para os dois: "vão cortar os cabelos, arranjem um emprego!". Segundo a história contada pelos latinos eles brigaram e Nance foi embora com um corte embaixo do olho esquerdo. No dia seguinte, após reclamar muito de dores de cabeça em um almoço com dois amigos, ele foi embora para casa mais cedo, reclamando das tais dores. O corte resultou em um hematoma entre a dura e a aracnóide, áreas do cérebro, o que causou sua morte na madrugada doa dia 30 de Dezembro de 1996.
Em 2002 David Lynch realizou um documentário sobre a misteriosa morte de Jack, chamado I don't know Jack Nance. Ele foi cremado, e suas cinzas foram jogadas no mar.



Na foto acima, David Lynch dirigindo Jack Nance no clássico Eraserhead.

5.11.08

The Air is on Fire










Apresentada pela Fondation Cartier pour l'Art Contemporaine, The Air is on Fire é uma exposição que abriu suas portas em março de 2007 em Paris. Oportunidade única para se conhecer a obra de David Lynch, a exposição aborda as mútilplas facetas de seu trabalho, exibindo pinturas, desenhos, filmes experimentais e sons também experimentais, criados desde 1960. Além das obras, o próprio ambiente de exposição foi criado por ele...

Quanto será que custa uma passagem pra Paris?

The Alphabet

Bom, por onde começar? É o que me pergunto quando me proponho a escrever sobre alguém ao mesmo tempo complexo e completo. Mas talvez nas próximas linhas eu consiga resumir do que se trata tal figura. Artista plástico, cineasta, experimentador musical, escritor, pensador, David Keith Lynch é simplesmente a completidão de uma figura cultural, justamente por estar envolvido em quase todos os meios de arte que conhecemos hoje. E tudo isso sem trabalhar nenhuma delas em detrimento de outra. Veremos trabalhos de sua obra artística em todos esses meios, e já garanto aos mais ortodoxos: vocês não irão gostar do que verão aqui. Talvez após alguns minutos da meditação divulgada por David vocês consigam expandir os horizontes de suas mentes e talvez entender um pouco do que se passa na mente do mestre, nessa profunda caverna em que habitam seres, lugares e pensamentos estranhos. Mas nada é tão estranho que não possa ser entendido. Não se tratando de David Lynch. Bem-vindos.